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Foto do escritorGui Santos

Parceria da Trampolean com a Prefeitura de Buritizeiro e o Instituto Café Solidário

"Conexão Futuro Buritizeiro: Educação, Tecnologia e Desenvolvimento Sustentável"


Realização: Prefeitura de Buritizeiro, Instituto Café Solidário e Doutorandos da PUC SP em Tecnologias da Inteligência e Design Digital


Objetivos


1. Objetivo Geral:

Desenvolver competências tecnológicas, socioemocionais e cognitivas em alunos, educadores e agentes locais de Buritizeiro, promovendo a integração da tecnologia na educação e capacitando-os para oportunidades futuras no âmbito da tecnologia e desenvolvimento sustentável para, possivelmente, tornar Buritizeiro o maior polo tecnológico do país, com exportação de diferentes tecnologias.


2. Objetivos Específicos:

a. Capacitar 7 alunos e alunas da graduação em Pedagogia local em Tecnologias Educacionais e Metodologias Ativas de Aprendizagem.

b. Implementar a metodologia STEAM nas escolas e no Instituto Café Solidário, integrando a tecnologia ao currículo escolar por meio de projetos específicos para cada faixa etária.

c. Promover a participação dos jovens em campeonatos, hackathons e outros eventos de tecnologia, incentivando o desenvolvimento prático e colaborativo.

d. Capacitar jovens de 18 anos sobre carreiras possíveis e como a permanência e evolução da comunidade local pode ser seu projeto de vida.

e. Oferecer cursos de 30 horas em Tecnologia no Agronegócio e na Pesca, conectando tecnologia e desenvolvimento sustentável nas comunidades do município, analisando tecnologias possíveis, acessíveis e sustentáveis para o negócio.


3. Intencionalidade:

A intenção deste projeto é preparar os jovens e educadores de Buritizeiro para um futuro tecnológico e sustentável, garantindo que tenham as habilidades e conhecimentos necessários para aproveitar oportunidades no crescente campo da tecnologia. Ao mesmo tempo, busca-se promover a cidadania, a responsabilidade ecológica e o desenvolvimento comunitário em toda a comunidade local, ganhando visibilidade nas redes como um novo centro tecnológico com uma metodologia nova e única no país, atraindo apoiadores, financiadores, organizações e influenciadores em tecnologia.


4. KPIs (Key Performance Indicators) - Indicadores-Chave de Desempenho:

a. Taxa de Conclusão: Percentual de participantes que completam cada trilha ou curso proposto.

b. Taxa de Participação: Percentual de alunos e professores envolvidos em atividades, campeonatos e hackathons, além de impacto nas redes sociais do projeto, da prefeitura, do prefeito e do Instituto Café Solidário.

c. Avaliação de Satisfação: Feedback dos participantes após cada etapa ou atividade, medido por meio de questionários ou entrevistas.

d. Competências Desenvolvidas: Avaliação antes e depois das atividades para medir o aumento no nível de competência dos participantes em áreas específicas (ex: programação, robótica, sustentabilidade).

e. Engajamento no LinkedIn: Aumento percentual no número de jovens de 18 anos que criam e mantêm perfis ativos no LinkedIn, bem como a qualidade de suas interações e conexões.

f. Projetos Implementados: Número de projetos (como hortas automatizadas, robôs, aplicativos) efetivamente implementados e em funcionamento após a conclusão das atividades.


Instituto Café Solidário - O início do polo de tecnologia


Seymour Papert, pioneiro no campo da aprendizagem com tecnologia, introduziu o conceito de "construcionismo", que sugere que as crianças aprendem melhor quando estão ativamente envolvidas na construção de algo que seja significativo para elas. Papert defendia o uso de ferramentas de programação, como o Logo, para permitir que as crianças se envolvessem na aprendizagem matemática e científica de maneiras profundamente pessoais e criativas. Atividades como a programação desplugada ou o uso de robôs educativos alinham-se à visão de Papert, na medida em que permitem que as crianças sejam os construtores ativos de seu próprio conhecimento, integrando a tecnologia de maneira lúdica e significativa.


José Pacheco, idealizador da Escola da Ponte em Portugal, enfatiza a importância do ambiente como "terceiro educador". Para Pacheco, o espaço físico, os recursos disponíveis e a atmosfera da comunidade educativa são tão influentes no processo de aprendizagem quanto os educadores e os próprios estudantes. As atividades propostas, especialmente aquelas que incentivam a exploração autônoma e a interação com o ambiente, refletem a visão de Pacheco. A ideia é que, ao interagir com o ambiente, as crianças possam descobrir, questionar e construir conhecimento de maneira orgânica e contextualizada.


Em conclusão, ao desenhar atividades que fomentam o pensamento computacional em crianças pequenas, é fundamental reconhecer e integrar as perspectivas de teóricos renomados como Piaget, Montessori, Vygotsky, Papert e Pacheco. Estas atividades, ricas em significado e contextualizadas, não só introduzem habilidades computacionais, mas também ressoam com teorias pedagógicas profundas que valorizam a criança como um agente ativo e curioso de sua própria aprendizagem.



Buritizeiro como case tecnológico: exportação


Do Grão à Inovação: O Instituto Café Solidário como Polo de Tecnologia

O Instituto Café Solidário, ao longo de sua existência, tem mostrado como é possível unir sustentabilidade, cultura e educação em iniciativas que beneficiam diretamente a comunidade. A possibilidade de transformar este espaço em um polo de tecnologia não só faz sentido, mas se apresenta como uma evolução natural de sua missão.

Em primeiro lugar, os avanços tecnológicos e a Revolução 4.0 têm influenciado todas as esferas de nossa sociedade. Em um cenário de constante mudança, torna-se crucial que as comunidades, especialmente aquelas mais afastadas dos grandes centros urbanos, tenham acesso a espaços de inovação. O Instituto, com seu histórico de engajamento comunitário, está perfeitamente posicionado para ser esse farol tecnológico.


Imaginando o Instituto como um híbrido entre fablab, Inhotim e espaço de artes, temos a oportunidade de criar um ambiente onde a criatividade encontra as ferramentas necessárias para se materializar. Espaços de fabricação digital, como os fablabs, democratizam o acesso à produção, permitindo que ideias se transformem em protótipos e produtos. Integrando este conceito ao universo artístico e cultural, como proposto pelo modelo de Inhotim, temos um caldeirão fértil para a inovação.


Para a comunidade de pesca, este polo pode significar a incorporação de tecnologias que otimizem a prática, como sistemas de rastreamento e aplicativos de previsão do tempo e de mapeamento de áreas propícias à pesca. Workshops voltados à manutenção de equipamentos e à inovação em práticas sustentáveis de pesca também seriam altamente benéficos.

Comerciantes locais, por sua vez, poderiam se beneficiar de treinamentos em ferramentas digitais para gestão, marketing e vendas, ampliando seus horizontes comerciais e integrando-se de forma mais eficaz ao mundo digital.


Para os produtores, a introdução de tecnologias agrícolas modernas, desde sistemas de irrigação inteligente até drones para monitoramento de plantações, poderia ser revolucionária. Workshops sobre práticas agrícolas sustentáveis, utilização de energia renovável no campo e otimização da cadeia de fornecimento seriam cruciais.


O Instituto Café Solidário tem a oportunidade de ser mais do que um centro de aprendizado e cultura; ele tem o potencial de ser o coração pulsante da inovação tecnológica em sua comunidade. Com uma visão inclusiva e holística, pode-se elevar não só a capacidade produtiva local, mas também enriquecer culturalmente todos os envolvidos, tornando a região um verdadeiro marco de progresso sustentável e tecnológico.


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