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Foto do escritorFabiana Raulino

Maria Maeno no Elas na Proteção




No episódio mais recente do Elas na Proteção, tive o privilégio de compartilhar o podcast com Claudia Nammour Rossi como co-host e Maria Maeno, pesquisadora da Fundacentro e uma das maiores referências em Saúde do Trabalhador, para um debate profundo e disruptivo sobre um tema que raramente é abordado com a profundidade necessária: a presença do invisível, do imponderável.


Vivemos em uma era de máquinas e algoritmos, onde a fluidez das atividades humanas nem sempre segue a lógica das engrenagens. Em meio à produtividade constante, há momentos de respiro, de sutil desconexão, onde a mente vagueia. Esses instantes, tão humanos quanto a própria tarefa, não são lapsos, mas a marca de uma subjetividade que respira, interpreta e, às vezes, se desvia.


Como refletiu Maria Maeno, a segurança no trabalho não deveria ser apenas a de evitar acidentes, mas de acolher essa condição humana, garantindo que, mesmo nos momentos em que não estamos totalmente conectados ao fluxo das ações, o ambiente nos proteja.


A verdadeira inovação em segurança reside em compreender que os sinais, os dispositivos, as máquinas devem dialogar com a incerteza que nos caracteriza.


A semiótica nos ensina que vivemos em um mundo de símbolos, e cada um deles precisa ser decifrado por mentes que os interpretam de formas únicas. No campo de trabalho, isso significa que a segurança não deve ser rigidamente programada para a perfeição, mas deve incluir a flexibilidade de acolher a imprevisibilidade. Porque no cruzamento entre o que somos e o que fazemos, está a beleza da vulnerabilidade.


O futuro do trabalho não pode desconsiderar essa dimensão sutil e complexa da experiência humana. É preciso acolher, com empatia, as pausas, os desvios e os espaços onde a mente flutua, sem que isso represente risco ou perda, mas sim uma convivência harmoniosa entre o homem e a tecnologia.


Como sabemos, o humano não é um ser de linearidade, mas de ritmos e fluxos, e é justamente nesses momentos de pausa que, muitas vezes, reside a verdadeira criatividade e a reflexão mais profunda.


Fica o agradecimento às queridas Claudia Rossi e Maria Maeno e, claro, à Revista Proteção e aos nossos patrocinadores MSA - The Safety Company e Marluvas Equipamentos Profissionais.


Assista no Canal da Revista Proteção no Youtube.

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